Reconhecer a perda
Uma vez ouvi que devemos saber largar o osso, se utilizando desta analogia podemos perceber que somente quando, nos dispusermos a deixar aquilo que já não tem mais proveito de lado, podemos buscar aquilo que nos favorece.
Quando algo está fora do lugar, ele impede que outras coisas aconteçam. Pense comigo, já conheceu alguém que tenta manter um status social, relacionamento, empresa, comportamentos, vícios, que de alguma forma, em algum momento pode ter recebido algum benefício. Um adulto que mantém um comportamento de adolescente ou infantil, que sem se dar conta o faz ter prejuízos significativos em sua vida social.
Reconhecer a perda é sinal de amadurecimento, perceber que algo já não traz os benefícios, os prazeres ou até quem sabe a satisfação, requer seriedade, sabedoria e prudência. Depositamos sim, uma demanda de energia significativa, para que possamos ter essa atitude positiva e isso acarretará direto no contato com a nossa realidade, caindo por terra todas as fantasias que nutríamos, sobre este algo o que por sua vez nos levará ao processo do luto.
Embora o senso comum, acredite que o processo do luto ocorra apenas com a perda de um ente querido, podemos sim vivenciar este mesmo processo ao reconhecer a perda deste algo tão significativo ao qual nutrimos fantasias e desejos, que impulsionou nosso Ego (Eu) a manifestar o mecanismo de defesa da negação, e assim para manter um comportamento insatisfatório almejando um fim satisfatório.
O luto vivenciado durante este processo nos leva a ter contato com a realidade, esse processo é desconfortável, pois ao passar a ideia pelo crivo da realidade, desinvestimos o desejo que tínhamos este algo já não nos é mais viável, sentimos dor, nos fragilizamos, mas ao decorrer de um período chegamos a um momento em qual aceitamos em nós e nem nossos processos inconscientes lutam para manter está ideia.
Aquele ponto de dor que evitávamos agora se torna o combustível que necessitávamos para a nova conquista!
Reconhecer a perda, não é fracassar é se dar a oportunidade de viver o novo, é liberar o caminho para que novas oportunidade possam ser percebidas, reconhecer a perda é seguir em frente e não se apegar aquilo que nos amordaça.
Liberte-se desta escravidão mental.
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As palavras são a realidade
Porém aonde se nutre sentimentos a realidade das palavras são só palavras.
O Luto é uma dor que não tem antigenos
Seguimos… porém o amor e a presença espiritual é viva.
Qdo perdemos um objeto a força para seguir vem para reconquistar o mesmo. Pois objetos nós vem através de lutas
Mas qdo o luto vem de um ser que amamos não existe luta para reconquista.
Então seguimos …e não existe retorno ao presente.
Só seguir…
O luto não tem um fim melancólico, ao cumprirmos o processo do luto retomamos a vida, perceba que no texto não está sendo abordado o luto ao ente querido, mas as outras manifestações do luto que podem nos atingir, a dor que passamos durante este processo é inevitável, devemos vivencia-la, pois é o que nos cabe, mas em dado momento da nossa história, continuaremos a seguir, não com tristeza ou melancolia, mas com a consciência de uma vida que foi bem vivida!
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