Histeria parte 1
A Histeria foi a patologia que fez com que Sigmund Freud desenvolvesse o tratamento psicanalítico, junto aos seus parceiros pode amadurecer e evoluir suas teorias e tratamento, por isso é de suma importância conhecer cada nuance desta patologia, etiologia, formas de interpretação e intervenção e o tratamento.
Na REVISTA CIENTIFICA ELETRÔNICA DE PSICOLOGIA (2009), podemos ler uma descrição desta patologia,
“(…) como sendo originária de uma fonte da qual os pacientes relutam em falar, ou mesmo não conseguem discernir sua origem. Tal origem seria encontrada em um trauma psíquico ocorrido na infância, em que uma representação atrelada a um afeto aflitivo, teria sido isolada do circuito consciente de ideias, sendo o afeto dissociado desta e descarregado no corpo”.
A manifestação do sintoma está neste afeto dissociado que é descarregado no corpo, o que chamamos de conversão orgânica, um mecanismo de defesa que visa proteger o Ego de uma situação angustiante ou que venha a desestrutura-lo, assim, a manifestação da repressão se faz presente no trauma sofrido pelo paciente, gerando uma catexia, uma nova linguagem para o trauma, está não podendo se manifestar conscientemente, devido ao cunho angustiante, encontra na somatização dos sintomas uma maneira de se manifestar, também conceituada, como conversão histérica.
O Recalque se faz presente, isolando as representações desvinculadas dos afetos, é o que descrevo quando escrevo “está catexia, torna se uma nova linguagem para poder se manifestar”, neste momento em uma cadeia associativa, podemos perceber a transformação dos afetos em sintomas somáticos, daí a denominação conversão.
O Método catártico se mostrou eficiente, existindo a rememoração do evento traumático é possível a descarga deste afeto causando alivio e eliminação do sintoma. Este processo é chamado de AB-reação que consiste em uma descarga emocional liberando o afeto ligado a um trauma anulando um efeito patogênico.