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Mães Um olhar psicanalítico

Mães – Um olhar histórico psicanalítico

Mães

Durante a idade média, predominava o poder do pai dentro da família, está por sua vez é tida como algo moral e social, não existia uma preocupação com laços afetivos, apenas interesses sobre patrimônio, nome, entre outras coisas, com a função de transmissão.

Foi predominante devido está relação a violência física, assim pelo predomínio da autoridade paterna houve um distanciamento entre a relação mães e filho, e é daí que surge uma prática que foi comum no Brasil, entregar as crianças para serem amamentadas por amas de leite, trabalhando como uma fonte de renda. Era comum o abandono das crianças ainda quando recém-nascidos, a infância concluísse aos 5 anos de idade.

A taxa de mortalidade infantil era extremamente alta, assim as mães desenvolveram uma frieza emocional afim de, não se apegar aos seus bebês e sofrerem. Uma manifestação inconsciente contra o risco de desaparecer seu objeto de ternura, o amor maternal sempre existirá.

Foi durante os séculos XVII e XVIII, que temos um aparente salto na intimidade e nas demonstrações de afeto com as crianças se tornando, uma fonte de distração e relaxamento para o adulto.

Com os avanços da higiene e da introdução do leite origem animal, as mães assumiram um papel mais efetivo na criação dos filhos, a partir deste momento sendo consideradas frágeis. As mães foram estimuladas a amamentar seus filhos e zelar por sua higiene e saúde física.

No século XIX, emerge o amor romântico, com o sentimento de perspectiva individual que vincula o amor com a liberdade. A nova família passa ser considerada um casal com um filho passando agora a ser um sujeito.

É obvio que nossa história não sessa aí, estamos em constante mudança e amadurecimento, o papel da mãe se torna o pilar da família, sendo a figura primordial para o desenvolvimento das crianças.

Na visão psicanalítica a mãe está presente em todas as fases do amadurecimento e do desenvolvimento psicossexual da criança, lembramos dos estudos sobre narcisismo e da relevância de satisfação da criança ainda no ventre materno e que posteriormente tenta reproduzir em vida.

Lembramos da nota Freudiana sobre a atração dos opostos com o fim de tentar reproduzir a relação de satisfação da mãe, idealizando e projetando no companheiro.

Para Freud o recém-nascido é somente ID e não distingue sua existência da materna e com o contato com a realidade, passa a se perceber diferente daquele corpo, iniciando a formação do seu Ego.

A relação mãe bebê descrita por Melanie Klein, quando temos contato com os primeiros sentimentos negativos, progredindo está graças a figura materna para o amadurecimento a percepção que também pode ser fonte de satisfação.

Não podemos deixar passar o complexo edipiano e a participação significativa da mãe nesta etapa de amadurecimento, lembramos também da relevância da participação parental na estruturação da censura do superego.

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A mãe é a figura majestosa que foi calada durante séculos e aos poucos pode restituir seu lugar como a base do lar, o pilar da família, se tornando assim uma divindade ao olhar de um filho.

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