No Sentido Agora Estou

Dia do Trabalhador

A luta pelos direitos

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O dia do trabalhador.  Com um fim consciente dirigimos nossas ações, sendo está a resposta dos desafios que enfrentamos ao decorrer de nossa existência, sendo reproduzindo aquilo que outrora tenha sido elaborado por nossos antecessores ou fruto da nossa capacidade de criação e elaboração é uma experiência ao pé da letra, a atividade transformadora do trabalho.

No dia primeiro de Maio de 1886, os trabalhadores se lançaram as ruas mobilizando todo um país, exigindo um regime de trabalho mais digno ao ser humano, a redução da carga horária de 13 horas para 8 horas de trabalho foi uma delas, nos anos seguintes o movimento se espalho pelo mundo atingindo países europeus, em 1889 na França foi decidido que a data se tornaria uma homenagem ao movimento realizado em 1886.

Em 1917, no Brasil tivemos uma paralisação com grande influencia dos imigrantes Europeus, que culminou que até então o presidente Artur Bernardes em 1924 decretasse feriado oficial.

Não é apenas mais um dia de descanso, por muitos anos a data de primeiro de maio representou ações voltadas ao trabalho, um bom exemplo é que no dia primeiro de maio de 1943 pelo presidente Getúlio Vargas ocorreu a consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e por muitos anos o reajuste anual do salário mínimo foi realizado nesta data.

Jean-Jacques Rousseau em sua obra “Do Contrato Social” publicado em 1762 defende em seu escrito a existencial de um contrato social que deve realizar-se entre os cidadãos e este deve ser a fonte de poder de um soberano, levantando questionamentos sobre liberdade e justiça, liberdade e direito o que vigora em um contexto democrático, que podemos relacionas aos avanços em qualidade de vida obtidos pelas movimentações realizadas pelos trabalhadores.

“Tanto quanto um povo seja forçado a obedecer e obedeça, faz bem; tão logo possa libertar-se deste jugo e se liberte, faz ainda melhor: pois, recuperando a liberdade pelo mesmo direito pelo qual lhe arrancaram, ou esse direito o habilita a retomá-la ou não poderia ter servido de justificativa para que retirassem.”

Jean-Jacques Rousseau

Se este autor levasse em consideração somente o uso da força e os resultados que ela proporciona o texto se encerraria neste parágrafo, mas o mesmo trata de levantar minuciosamente as convenções que sustentam os alicerces de direitos de ambas as partes, prezando pela ordem social como direito sagrado servindo como base para todos os outros direitos.

O Trabalho é meio pelo qual o homem transforma seu mundo, assim que ele lida com a natureza, enfrenta e supera suas necessidades básicas. O trabalho tem o único fim de construir o homem, sendo este distorcido nos levando a dependências que nos escravizam nos privando de um propósito. O dia primeiro de Maio é a marca da quebra de uma alienação ao estado, visando não uma exploração desenfreada que causaram transtornos inomináveis devido ao sofrimento psicológico e aos maus tratos físicos, mas sim, o direito a vida que é privilégio de todos, poucos se beneficiam enquanto muitos sofrem, devemos abrir nossos olhos para aquilo que nos cerca.

Jean-Jacques Rousseau, não incita o ódio, não nos motiva a destruição, mas nos orienta sobre os meandros que permeiam o processo democrático nos elucidando nossos direitos como seres humanos, nos privando de uma alienação que nos impede de ver a realidade quando firmamos indiretamente este contrato social.

Neste Primeiro de Maio, busque a consciência dos direitos que lhe cabem e que foram conquistados com muito suor, que aqueles homens que paralisaram o mundo em 1886, sejam a motivação para não abaixarmos a cabeça para seja o que for ao decorrer de nossa vida, o trabalho tem o fim de construir o homem e não destruí-lo.

“As mãos calejadas e suor na face é uma das manifestações mais nobres do ser humano dignas de respeito e reconhecimento.”

Rafael Henrique Harich

 

AS MAOS CALEJADAS E O SUOR NA FACE 01 05 15h30 1 1

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