No Sentido Agora Estou

“Quem sabe o tempo, com a consciência da perda, nos faça entender a necessidade da partida de um ente querido”

“Quem sabe o tempo, com a consciência da perda, nos faça entender a necessidade da partida de um ente querido”

Tempo

A dor que nos angustia é o resultado de um processo natural, que visa retirar a libido de um objeto perdido, este trabalho é doloroso, mais benéfico e não visa o desestruturar do ser humano, visa a retomada da vida e da vontade de viver.

O tempo é um fator essencial para que este processo se conclua, imagine uma vida na qual a cada momento tínhamos um contato consciente com a pessoa amada, ou com o objeto perdido, “Se íamos ao mercado, se fazíamos comida, se ligávamos o carro, se comprássemos um doce com o troco do pão que está na quantidade para que a pessoa pudesse tomar café conosco, ou seja, em toda atividade a ideia da presença se manifestava” tendo ocorrido a perda do objeto que devotávamos amor, padecemos de um profundo vazio, um buraco negro que passa habitar em nós, onde antes habitava a figura do objeto querido.

O trabalho do luto requer que cada lembrança, passe pelo crivo da realidade com o fim do desinvestimento libidinal, para que em outro momento, possamos projetar está libido em um outro objeto, e este é o motivo de sentirmos dor, durante o processo do luto, sentimos dor, por que amamos e estamos vivendo de certa forma a ressignificação do estado deste amor devotado ao objeto.

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“Quem sabe o tempo, com a consciência da perda, nos faça entender a necessidade da partida de um ente querido”

Nossa mente busca de diversas maneiras preencher este vazio, busca de diversas formas lidar com esta angustia e para isso a psique pode utilizar como recurso a fuga da realidade. A negação se faz presente em nossa vida, um mecanismo de defesa que rejeita a situação que é vivenciada, a consciência da perda se manifesta quando não sedemos a fantasia de negar a realidade, estando conscientes vivenciamos um processo doloroso, mas benéfico e com um positivo.

Ninguém é feliz quando vive de fantasia

É duro aceitar, mas é a forma que nos possibilita, concluir este processo vivenciado durante uma perda, compreender que nossa vida, tem início, meio e fim e que somos sensíveis ao ponto de pequenas situações ocasionarem grandes tragédias, que este momento é único e não se repetirá, é um passo significativo em toda nossa existência.

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1 comentário em ““Quem sabe o tempo, com a consciência da perda, nos faça entender a necessidade da partida de um ente querido””

  1. A vida segue…mas segue apenas.
    E vamos seguindo junto por imposição da própria vida.
    Sorrir com os lábios
    Chorar apenas com lágrimas silenciosas faz parte de uma rotina para não parecer se vitimar
    Pessoas vem…pessoas vão.
    Poucos somam …mas a vida já era assim antes .
    Mas quem sabe hj magoe por não ter mas alguém para sorrir junto e dizer olha deixa isso viva para quem quer viver junto a vc.
    E assim segue o luto de dois anos e três meses.
    Todos dias digo.
    Bom dia meu amor hoje é um dia a menos.❣️

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