Ingratidão
A inveja é resultado de um conflito de duas pulsões instintuais Eros (A personificação do amor…) e Tânatos (A personificação da morte, da destruição…) a inveja nasce nas primeiras fases da vida e tem uma origem arcaica, nas primeiras impressões que a criança tem com o mundo, a inveja nasce na criança na interação mãe e filho, onde a mãe supre as necessidades da criança e a criança passa a nutrir este sentimento pela mãe, até que pela imaginação e criatividade possa perceber que também pode ser fonte da satisfação dos desejos. A inveja se caracteriza como tristeza pela felicidade alheia, quando não superado este conflito ainda na infância o sujeito pode levá-lo por toda a sua vida, padecendo de diversos sintomas que acometem sujeitos que sentem inveja, um grande exemplo é o estado persecutório que se faz presente no comportamento do invejoso, a inveja é proveniente da pulsão de ódio, a pessoa que sente ódio compreende que o mesmo não é aceito socialmente, neste ponto ela passa a projetar aquilo que abita nela em outras pessoas, ou seja o invejoso na perspectiva dele é sempre o invejado.
Se na gratidão reconhecemos o bem que o outro nos faz, a ingratidão está em não reconhecer aquilo que nos é feito ou oferecido, a pulsão de ódio se faz presente na ingratidão, uma pessoa ingrata constantemente tem o estado emocional alterado, se a criança não amadureceu o suficiente para desenvolver a gratidão superando os conflitos primitivos de sentimentos primários e negativos, ela irá também padecer dos afetos destes sentimentos por toda sua vida é na infância que amadurecemos e podemos reconhecer o bem que o outro nos proporciona, ou a capacidade de também proporcionar o bem, se este conflito não for superado de forma saldável afetará o sujeito por toda a sua vida.
Em ambos sentimentos ingratidão e inveja, o sujeito não amadureceu, a pulsão de ódio está presente, sofrem de padecimentos devido a alimentar estes sentimentos, a uma sutil diferença a ingratidão está na falta de capacidade de reconhecer o bem que lhe foi proporcionado e a inveja está na tristeza pela felicidade alheia, podemos considerar a ingratidão como uma forma de inveja quando, reconhecer o que foi feito faria a outra pessoa feliz, em outros ela não seria uma forma de inveja, mas estaria ligada a ela pela pulsão de ódio, estes sentimentos, são infantis, primitivos, arcaicos e não trazem de nenhuma maneira benefício para sujeito a não ser quando superados.
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