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Complexo de Édipo

Complexo de Édipo

O complexo

Existe um processo de suma importância para o amadurecimento do ser humano, este processo permeia o desenvolvimento psicossexual, o Complexo de Édipo, sua origem está no mito grego de Édipo, qual vamos parafrasear aqui para melhor entendimento.

Está história foi contada em uma peça, escrita pelo dramaturgo Sófocles, viveu por volta de 500 a.C. Está é uma das tragédias gregas mais populares e dramáticas com tons de crueldade protagonizados pelo destino, vamos conhecer está peça.

Tudo começa quando Laio Rei de Tebas se casa com Jocasta, procurando o oraculo para saber sobre seu destino e é advertido que se caso tivesse filhos, grande desgraça se abateria sobre a família real e seu destino. Assim o Rei e Jocasta tiveram uma criança e como costume consultaram o oraculo, uma terrível profecia é pronunciada aquela criança seria responsável pela morte de seu pai Laio e ainda se casaria com a própria mãe.

Então o casal ordena a seus servos que levassem a criança para longe e amarrasse os seus pés. No entanto pastores encontram a criança e a leva para o Polibo, de Corinto, que o adota como filho legitimo. Quando adulto Édipo consulta o oraculo, que pronuncia a mesma profecia, o mesmo iria matar o pai e casar com a própria mãe. Temendo este desfecho Édipo deixa o reino que acolhera e parte para Tebas.

Durante o percurso encontra Laio em um caminho estreio e o ordena que libere a passagem, Laio não liberando a passagem Édipo se ofende e começa uma discussão que acaba com a morte de Laio por sua espada. Se perceber, a profecia se inicia na vida de Édipo levando ao mais cruel destino.

Seguindo para Tebas, Édipo se defronta com uma esfinge, metade mulher metade leão, que permite a passagem daqueles que apenas decifrasse o enigma que ela apresenta, A esfinge o questiona “Qual animal tem quatro pés pela manhã, dois ao meio dia e três a tarde? ” Édipo responde com sabedoria: “ O homem que na infância (O alvorecer da Vida) engatinha com pés e mãos, na idade adulta (O meio dia) anda sobre dois pés e na velhice (O entardecer da vida) precisa usar uma bengala. Furiosa por ter sido decifrada a esfinge se joga ao mar desistindo da vida.

Chegando em Tebas, por ter vencido a Esfinge, Édipo é aclamado como herói e se torna o novo rei recebendo Jocasta como esposa. Depois disso uma violenta peste atingiu a cidade, e Édipo foi consultar oraculo, que respondeu que a peste não teria enquanto o assassino de Laio não fosse castigado, assim é descoberta a verdade o que leva Jocasta ao suicídio e Édipo fura os próprios olhos, a história segue com outros fatos trágicos até a morte de Édipo no Exilio.

Sigmund Freud se utilizou do mito grego para dar nome a sua descoberta, o Complexo de Édipo, de acordo com Freud a sexualidade começa a se desenvolver na infância, sendo um sujeito do sexo masculino, está criança se vê em uma rede de relações, que terão influências na formação de personalidade, está criança desenvolverá uma “catexia objetal” intensa pela mãe que alimenta e protege, direcionando toda afeição a ela, paralelamente identificasse também como o pai, quando se mostra como protetor, pois a casos que a criança passa a teme-lo do que admirá-lo.

Por um tempo este relacionamento se mantem, até que os desejos do menino pela mãe se tornam mais intensos e o pai é percebido como um obstáculo a ele, é neste momento que se faz presente o complexo de Édipo. Sua identificação com o pai se torna hostil afim de ocupar seu lugar com a mãe, passa alimentar um desejo de livrar-se dele, descreve Freud.

Surgem pontos de ambivalência, a criança passa a nutrir amor e ódio pelo seu pai, enquanto o afeto pela mãe tende a ser identificado, porem ao decorrer do amadurecimento se aproximando da puberdade, essas complexas relações começam a ser abandonadas pela criança, “O seu lugar pode ser preenchido por uma de duas coisas: uma identificação com a mãe ou uma intensificação com a identificação com o pai, encaramos o ultimo resultado como mais normal, ele permite que a relação de afeto com a mãe seja mantida” desta forma a masculinidade é consolidada em uma criança do caráter do sexo masculino. Sigmund Freud faz uma analogia, representando a criança e sua mãe, para descrever um processo de percepção da realidade, consolidando o amadurecimento do Ego, e como a personalidade recebe suas influencias, o que caracteriza o Édipo feminino é a rivalidade da menina com sua mãe e a busca pelo amor do pai.

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